PACER ESTUDA ABERTURA DE UMA BASE NO SUL DE MINAS

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Sediada no Rio de Janeiro, a Pacer Logística tem em Santa Rita do Sapucaí e no chamado Vale da Eletrônica, no Sul de Minas, um dos seus principais parceiros. A empresa já atende a 15 empresas lá instaladas.
Capaz de lidar em três linhas de negócios: transportes, armazenagem e gestão de peças de reposição, tem como principais clientes indústrias dos segmentos de cosméticos, telecomunicações, farmacêutica, varejo e staturps.
De acordo com o CEO da Pacer, Alexandre Caldas, o Sul de Minas é estratégico para a empresa e ter um centro de distribuição (CD) em São Paulo é determinante para as empresas de tecnologia mineiras.
“Trabalhamos há muitos anos com empresas de telecom e isso acabou nos levando para Santa Rita do Sapucaí. Aquele é um polo de tecnologia muito importante, com muitas empresas, incubadoras de negócios e toda uma infraestrutura produtiva. Para operar nesse setor precisamos oferecer um planejamento especial, além de ter capilaridade e segurança para esse tipo de mercadoria. O Brasil, diferentemente de outros países, como os Estados Unidos, ainda tem a produção e as rotas de distribuição muito centralizadas. A partir de São Paulo temos rotas dedicadas para todo o território, o que torna o processo muito mais barato do que se eu levar a carga do Vale da Eletrônica diretamente para o Norte ou Nordeste, por exemplo”, explica Caldas.
Um serviço oferecido pela Pacer que em Santa Rita do Sapucaí não é incomum é o içamento de cargas especiais, voltado principalmente para as empresas que fabricam antenas e precisam desse apoio específico na ponta da entrega. O transporte de antenas e radiotransmissores, entre outros equipamentos, exige estratégias especiais, já que pelo volume não pode utilizar o modal aéreo e, em alguns casos, precisa até de autorizações especiais e observar horários específicos para trafegar por rodovias.
O Vale da Eletrônica se tornou tão importante para a empresa, que a perspectiva da Pacer é ter uma base em Santa Rita do Sapucaí até o fim do primeiro semestre de 2020. Em Minas Gerais, também opera com armazenagem na Capital e atende clientes diversos, porém sem um foco específico.
A perspectiva da chegada do 5G, prevista já para o final de ano que vem, anima o executivo. “O 5G vai ser uma revolução não só na maneira como nos comunicamos, e muito mais na forma como fazemos negócios. A tecnologia vai atuar fortemente na gestão de transportes. Estamos muito animados. O Sul de Minas larga na frente nesse ponto e, claro, tudo isso faz parte da nossa estratégia”, completa o CEO da Pacer.

EVENTO DISCUTIU DESCARTE ADEQUADO DE PRODUTOS

As políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos e suas especificidades relacionadas à indústria de eletroeletrônicos foram debatidas durante o workshop “Logística Reversa de Eletroeletrônicos” realizado em Belo Horizonte.
Promovido pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o evento contou com palestra do presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão, que apresentou as principais políticas públicas promovidas pelo governo de Minas para ampliação da estrutura de descarte e reaproveitamento de produtos inservíveis no Estado.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil produz em média 1,5 milhão de tonelada de lixo eletrônico por ano que, se descartados de forma incorreta, podem causar graves impactos ambientais, além de representar um enorme desperdício de recursos.
Desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes na implementação de um sistema ideal para que o consumidor possa realizar o descarte adequado de produtos fora de uso.
Por meio da Logística Reversa, prevista no PNRS, é possível promover a destinação correta do lixo eletrônico, encaminhando-o para empresas recicladoras devidamente homologadas, capazes de converter o material inservível em matéria prima.
Na oportunidade, o presidente da Feam também destacou o alinhamento entre as políticas Estadual e Nacional de Resíduos Sólidos no que diz respeito ao tema. “Ambas as políticas estabelecem três instrumentos para implementação de iniciativas relacionadas à Logística Reversa – Acordos Setoriais, Termos de Compromisso e regulamentação específica – que, juntas, são capazes de promover a articulação entre o poder público e os setores envolvidos no processo”, explicou.
O gerente de sustentabilidade da Abinee, Henrique Mendes, também palestrante no workshop, ressaltou a importância do recente Acordo Setorial firmado entre o governo federal e entidades representativas do setor eletroeletrônico. O documento prevê a estruturação e operacionalização de um sistema nacional de coleta de produtos eletrônicos descartados pela população. O acordo determina, ainda, o aumento de 70 para mais de 5.000 pontos de coleta, nos próximos cinco anos, nos municípios brasileiros com população superior a 80 mil habitantes. São previstas também ações de comunicação e campanhas de conscientização da população quanto ao descarte adequado.
“O Acordo Setorial prevê um cronograma de cidades e estados a serem atendidos pelo sistema e Minas Gerais começará a receber as primeiras ações no início do próximo ano. A Feam será nossa parceira em âmbito estadual, somando esforços, viabilizando iniciativas dentro do projeto e desempenhando um papel essencial para a implementação do sistema no Estado”, frisou.
De acordo com o diretor regional da Abinee, Alexandre Magno D’Assunção, é grande o impacto que a política de Logística Reversa prevista nas políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos pode trazer para as indústrias. “Acreditamos que o desenvolvimento industrial sustentável passa necessariamente pela união entre setor público e privado na condução de políticas públicas ambientalmente responsáveis. Contamos com o governo estadual para tornar a Logística Reversa uma realidade em Minas Gerais”, afirmou.
Uma nova edição do workshop “Logística Reversa de Eletroeletrônicos” será realizada na próxima terça-feira (26/11), no município de Santa Rita do Sapucaí, considerado um dos principais polos da indústria eletroeletrônica no Estado. (Da Redação)