01 abr Para superar uma sequência de crises é preciso focar no essencial

Imagine que você é um piloto de Fórmula 1 e que seu carro teve um problema mecânico e ficou nos boxes por muito tempo. Quando você volta para a pista, já está algumas voltas atrás dos líderes, mas finalmente poderá reagir. Só que neste momento um grave acidente interrompe a prova e você termina mesmo nos últimos lugares. Reação agora só na próxima etapa.

Se o Brasil fosse uma equipe de corrida, no competitivo mercado global, esta seria nossa situação hoje.

Depois de passar pela mais longa crise econômica da sua história, com cinco anos de recessão ou estagnação do mercado, fomos atropelados por uma pandemia sem precedentes, que parou o mundo.

Mas superação é uma característica do DNA brasileiro. E nossas empresas estão buscando soluções para superar mais esta crise.

Claro que a prioridade é salvar vidas. Por isso, antes de mais nada é preciso garantir a segurança dos trabalhadores que atuam em setores essenciais, como a logística, que é o caso da Pacer.

Antes de mais nada, seguimos as recomendações das autoridades de saúde e orientamos nossos funcionários e parceiros sobre as medidas de proteção contra o novo coronavírus.

Também mudamos a rotina de trabalho, com maior espaçamento entre os funcionários, janelas abertas, higiene com álcool em gel, estimulando home office para algumas funções ou caronas e horários diferenciados para evitar aglomerações. Além disso, antecipamos as férias de colaboradores de grupos de risco ou que têm familiares nesta condição em suas casas.

Ao mesmo tempo, buscamos equilibrar as medidas de preservação de saúde das pessoas com a preservação da saúde da empresa.

Do ponto de vista financeiro, priorizamos os recursos para a manutenção dos empregos e pagamento de fornecedores vitais para a operação. Com outros negociamos, um a um, formas de alongamento dos pagamentos. E os investimentos não essenciais foram congelados.

Nossa estratégia, em momentos de crise, é valorizar, ainda mais, as cabeças pensantes que, naturalmente, são as mais caras. Porém, são também as mais eficazes na resolução rápida de problemas, na condução das equipes, nas tratativas junto a clientes e também em apresentar idéias novas.

Uma crise demanda ainda reduzir custos desnecessários que apenas os gestores do dia-a-dia conseguem enxergar e fazê-lo de forma eficiente, sem afetar a produtividade da empresa.

Também é preciso reduzir momentaneamente alguns custos fixos, juros e recorrer ainda mais a alguns pilares da logística, como a consolidação de cargas ou reprogramação de entregas, com a concordância dos clientes, sem causar danos às suas operações.

No campo comercial, estamos buscando fechar novos negócios, com um relativo sucesso, ampliando a área de atuação em grandes contratos.

Como a Pacer é muito atuante na logística para empresas de telecom e este é um setor estratégico para o país, principalmente em momentos de crise, esperamos mitigar ao menos em parte os impactos desta pandemia.

Para completar, estamos buscando, junto às instituições financeiras, recursos para manter os investimentos importantes, de modo que possamos estar preparados para acelerar quando a economia retomar o seu ritmo.

Enfim, acreditamos que, quando tudo isso passar, vamos mostrar ao mundo, mais uma vez, que a resiliência dos brasileiros é maior que a de qualquer vírus.15